Prematuridade e Coberturas Obrigatórias no Pré-Natal

 


O problema da prematuridade atinge 15 milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo: 1 em cada 10 bebês nasce prematuro. E esse número continua aumentando, apesar do número total de nascimentos estar diminuindo gradativamente. Isso significa que há um aumento significativo de recém-nascidos vulneráveis a cada ano, bem como o número dos chamados “ex-prematuros” é cada vez maior.

À medida que essas crianças crescem, têm maior risco para problemas de aprendizagem e comportamentais, deficiências motoras, infecções respiratórias crônicas e doenças cardiovasculares ou diabetes, em comparação com bebês nascidos a termo.

Apesar do elevado número de nascimentos prematuros e dos riscos decorrentes, a maioria da população não está ciente de que muitas vezes é possível prevenir o parto prematuro e suas consequências para a saúde do bebê.

No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a 931 por dia ou a 6 prematuros a cada 10 minutos. Mais de 12% dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o dobro do índice de países europeus.

Bebês prematuros são aqueles que nascem antes de 37 semanas de gestação, cuja duração completa é entre 37 e 42 semanas, ou 9 meses.

Podem ser divididos em “prematuros extremos”, os que vieram ao mundo antes das 28 semanas e correm mais risco de vida do que os bebês que nascem algum tempo depois, pois apresentam um estado de saúde muito frágil.

Os prematuros considerados “intermediários”, que nascem entre 28 e 34 semanas e constituem a maior parte dos prematuros.

E os chamados “prematuros tardios”, que nascem entre 34 até 37 semanas. Este é um grupo que aumentou bastante no Brasil nos últimos anos e que preocupa em termos de saúde pública.

Quanto mais prematuro for o bebê, mais imaturos serão os seus órgãos e maior será o risco de complicações, especialmente aqueles nascidos antes de 34 semanas de gestação.

A dificuldade de cuidado do prematuro está, não só na fragilidade dos órgãos, mas principalmente do cérebro. O baixo peso, considerado abaixo de 1500g também é um fator que preocupa muito, pois é um grande desafio conseguir fazer uma recuperação nutricional ao longo das primeiras semanas de vida desse bebê.

Porém, devido ao avanço da tecnologia e da assistência prestada nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais, a sobrevida desses bebês tem aumentado muito nas últimas décadas.

O diagnóstico tardio da gravidez ou a identificação, também tardia, ou o tratamento inadequado de doenças que tragam prejuízos à saúde da mãe ou do feto, podem ser considerados como riscos para um nascimento antecipado.

Cumpridos os prazos de carência ou cobertura parcial temporária, decorrente de doença pré-existente, exames e procedimentos como  Determinação do fator RH (D), incluindo prova para D-fraco no sangue do receptor Grupo sanguíneo ABO e RH - pesquisa Imuno-hematológicos: tipificação ABO, incluindo tipagem reversa e determinação do fator RH (D), incluindo prova para D-fraco e pesquisa e identificação de anticorpos séricos irregulares antieritrocitários Coombs direto e indiretoCurva glicêmica (4 dosagens) via oral ou endovenosa, Cardiotocografia intraparto (por hora) até 6 horas externa, US - Obstétrica: perfil biofísico fetal, US - Obstétrica com translucência nucal entre outros, devem ser cobertos pelos planos de saúde, conforme determinação da ANS e previsão de cobertura no Rol de Procedimentos Obrigatórios - ANS.


Acesse o  Rol de Procedimentos Obrigatórios ANS e confira todos os exames de cobertura obrigatória, que auxiliam no acompanhamento e avaliação da saúde da mãe e do bebê, durante todo o processo gestacional.

O parto prematuro, dependendo do momento em que ocorre, pode ser uma situação de risco tanto para o bebê quanto para a gestante. As principais complicações na gestação que podem levar à prematuridade são:

– Infecções;
– Insuficiência istmocervical (abertura do colo do útero);
– Colo do útero curto;
– Partos prematuros anteriores;
– Rotura prematura da bolsa;
– Tabagismo;
– Miomas;
– Gravidez de múltiplos;
– Descolamento prematuro da placenta;
– Diabetes gestacional;
– Pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial na gravidez);
– Alterações clínicas na gestante ou no feto que necessitem de interrupção antes do tempo esperado.

A prevenção da prematuridade se inicia antes mesmo da gestação, com o planejamento familiar adequado, seguido do acompanhamento pré-natal, que busca assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e atividades educativas e preventivas.

 Fontes:

Associação Brasileira da Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros (Prematuridade)
Dr. Dráuzio Varella
European Foundation for the Care of Newborn Infants (EFCNI)
Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF Fiocruz)
Ministério da Saúde
Secretaria de Saúde do Distrito Federal

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