Semana Nacional de Prevenção do Câncer de Boca
II - promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção integral aos portadores de câncer bucal;
III - apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol do controle do câncer bucal;
IV - difundir os avanços técnico-científicos relacionados ao câncer bucal.
O câncer da boca (também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral) é um tumor maligno que afeta lábios, estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas) e a região embaixo da língua. É mais comum em homens acima dos 40 anos, sendo o quarto tumor mais frequente no sexo masculino na região Sudeste. A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados.
A parte posterior da língua, as amígdalas e o palato fibroso fazem parte da região chamada orofaringe e seus tumores têm comportamento diferente do câncer de cavidade oral.
Estimativa de novos casos: 15.190, sendo 11.180 homens e 4.010 mulheres (2020 - INCA)
Número de mortes: 6.605 sendo 5.120 homens e 1.485 mulheres (2019 - Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM)
Os principais sinais que devem ser observados são:
Lesões (feridas) na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem apresentar sangramentos e estejam crescendo.
Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas
Nódulos (caroços) no pescoço
Rouquidão persistente
Nos casos mais avançados observa-se:
Dificuldade de mastigação e de engolir
Dificuldade na fala
Sensação de que há algo preso na garganta
Dificuldade para movimentar a língua
Fique atento a esses sinais e a mudanças na coloração ou aspecto da sua boca. No caso de anormalidades, procure um profissional de saúde.
É necessário estar atento a qualquer alteração na boca, desde mudanças na coloração até o surgimento de lesões parecidas com uma afta, que não cicatrizem em até 15 dias. Nesses casos, deve-se procurar logo a unidade de saúde para exame da boca por um dentista ou médico.
Quando uma lesão suspeita é identificada, a biópsia (exame de um fragmento da lesão) deve ser realizada para avaliação. Se confirmado o câncer, o paciente deve ser encaminhado imediatamente para tratamento especializado.
Fumantes e pessoas que consomem bebidas alcóolicas frequentemente têm maior risco de desenvolver câncer de boca e por isso devem estar especialmente atentos a sinais e sintomas suspeitos.
Aproveite as consultas com o dentista para tirar dúvidas e, principalmente, relatar qualquer sinal ou sintoma diferente.
Na grande maioria das vezes é cirúrgico, tanto para lesões menores, com cirurgias mais simples, como para tumores maiores. O cirurgião de Cabeça e Pescoço é o profissional que vai avaliar o estágio da doença. Essa avaliação, associada a exames complementares determinará o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia são indicadas quando a cirurgia não é possível ou quando o tratamento cirúrgico traria sequelas funcionais importantes e complicadas para a reabilitação funcional e a qualidade de vida do paciente.
A cirurgia normalmente consiste na retirada da área afetada pelo tumor associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução quando necessário. Nas lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas a retirada da lesão. Nos casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico, é necessária realização de radioterapia para complementar o tratamento e obter melhor resultado curativo. Em todas as etapas do tratamento é importante o aspecto interdisciplinar (com a participação de vários profissionais de saúde) visando a prevenir complicações e sequelas.
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